segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Um post de Até Logo

O blog De frente com Bibi que sobrevivia há 6 anos, não resistiu e amadureceu, assim como quem vos dirige a palavra. Ele se tornou o Traga-me e continua sendo um espaço onde coloco as palavras pra brincar lá fora. Continue me acompanhando em: traga.me :) Espero que continuem gostando! Abraços e beijos.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Arte de ser(mos)

E ao olhar pra nós
vejo almas fundidas
em uma só.
Levando nos ombros
sobriedade,
tonéis de tinta,
traços,
tipologias.

Nós somos a arte
de ser nós mesmos.
[Tendo um ao outro] 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Diante do cenário

Se há voz, elogie

braços? Abrace.

olhos... acolha

ombros, ofereça,

Espalhe o bem

com as suas mãos,

Dê seu sorriso

gratuitamente.

Seja diferente.

domingo, 15 de novembro de 2015

Efígie

Escrito para Revista Paralela (Araguari/MG)
Tema: Fotografia - novembro 2015


Entre olhares paralelos

sucumbo dias

imito a felicidade,

omito.


Entretanto,

e entre tantos

busco o que posso

coloco nas mangas

e as arregaço.


Num exato momento

cores e almas

se mesclam,

eternamente registradas


por um mover de dedos.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Amor, de mesmo sexo

Divulgado em: Revista Di Rolê (Brasília/DF) e Revista Paralela (Araguari-Uberlândia/MG)
Tema: Homossexualidade


Liberdade!
_ dita a hipocrisia.
Agonia
e mãos atadas.

[Ser normal?]

Tal normalidade,
sem pé nem cabeça
não tem coração.
Nem parâmetro.

Estapeia o cara
por ser o que é,
Apedreja a moça [por não ser]
como querem.

Realidade
cheia de cores,
Regada a flores
e espinhos.

Histórias,
melodramas
arritmados,
como muitos.

Rejeições
- Tantas na vida -
Interjeições:
Ai de mim!

Diante de um Apartheid
Implorar:
Perdoe-me,
por nascer.
[assim?!?]



terça-feira, 7 de abril de 2015

Solitude

[Acordei]
comigo mesmo
Está Tratado [Versalhes]
Dormirei sozinho por opção
levantarei sem razão
e tomarei um café [a dois].
A dois quilômetros
da próxima acusação.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

NB. Sobre elas

Vaidosa
Alma sempre cheirosa
Se veste com a melhor marca
[de luta].
Sustentável
Do luto tira amor
E do amor, esperança
Recria o sorriso. E sai.
Dança.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Eu, Livro.

Livro-me a cada dia.
Romanceando prosas
Proseando rosas.
[Tédio].

Conforme o vento
me levo
viro, desviro
folhe[ando].
O que sou?

Entre páginas
amarelas
e vistas cansadas
Fujo, perto do fim.
Me livro de mim.
Livre.


[Foda-se a métrica].

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Do que é puro

O amor fala,
Com olhos de mãe
Suspiros frouxos
O amor cala,
Escuta, faz silêncio.
Ele transforma,
E sim, o amor sofre
É forte
se ergue, reergue
E se preenche
de energias novas.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Contando

Você é conto,
eu sou verso
livre
poema desmedido
em rimas falhas.

Sou folhas pautadas
escritas com histórias
curtas,
que não acabam
no ponto final,
nem na métrica.

Seguindo tuas linhas
tortas
rabisco tudo
em páginas brancas
já preenchidas
com cores gastas
porém vivas.

domingo, 27 de julho de 2014

Dentro de si

Todos os sentimentos
nele,
todos do mundo,
Cruzam com desejos
e frias vontades
geladas e egoístas.

Ele se desconhece
em todos os pretéritos
perfeitos ou imperfeitos,
O que era ao meio
continua incompleto
E num futuro,
incerto,
Se desfaz em mil pedaços.

Dentro dele
formas e sonhos,
Ilusões discretas
sutis,
Pra recriar
o velho Novo

ele.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Sem fórmulas

Esgotado o estoque
de palavras de amor
chega de versos
chega de rima
de toda aquela pureza
da matéria-prima,
vidas se fundiram
além da química
sem leis da física
dois átomos
um elemento
ocupando
ao mesmo tempo
o mesmo espaço.

terça-feira, 8 de abril de 2014

As pequenas desventuras de grandes problemáticas

Inspirado em: O triste fim do pequeno Menino Ostra de Tim Burton


Princesa caneta 

Essa é a história
da princesa caneta
A cor dela era vermelha
Sua tampa era preta
Mas o seu sangue era azul
Já dizia sua mãe,
a grande rainha perneta.
Passou a vida
Escrevendo bobagens
E fazendo careta,
Preferia sempre as paredes
Do que uma caderneta,
Até que um dia
Foi sequestrada,
Usada, abusada
E abandonada na gaveta.


Senhor Bisonho
Sr. Bisonho era um cara tristonho
Se formou em matemática
E dividia sua vida
Com uma problemática,
a Senhora Desmilinguida.
Em 1 maldito dia
Elevou a dois sua tristeza,
Usou seu melhor terno
Pagou um juiz e tudo
pra vida virar um inferno,
Taí o X da questão
Se interessou mais por química
e achou a solução,
Resolveu o seu problema
de um jeito obsoleto:
1 micrograma de polônio
e 1/2 copo de cianeto.

Dona Luminalda

Assim que o dia escureceu
A Luminalda se acendeu,
Ela tinha esse legado
levar sua luz todas as noites
pra tudo quanto é lado.
Tinha dias que se sentia iluminada
Noutros se sentia usada
E quando a energia faltava
ou a pilha acabava
Lá estava ela, num canto
toda apagada.

terça-feira, 1 de abril de 2014

exaurir

Entitulo a vida:
causa perdida
observando
absorvendo,
Reféns dos atos
altos e baixos
lamúrias
em vãos
comprimidos,
estreita laços
cria inimigos
reais
e diluídos,
perdido
entre eles
e outros
ali,
prozac-ando.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Reflexo

Inconstância
constante
era a menina
frente ao espelho
Dentro dela,
um pote,
meio cheio
E lá fora,
transbordando
o vazio
reconhecível
pelo cheiro
A cidade cheirava
a esgoto,
a menina,
sob a lua
Cheia,
Em busca do todo.

terça-feira, 25 de março de 2014

Ode ao meu

Não te reconheço.
Você já foi tolo
de tanta dor
já quis te matar
Já quis...
Não te reconheço mais
nos livros,
nas batidas,
em suspiros frouxos
Você mudou...
Novos rumos
e desventuras
vivendo,
no mesmo ritmo
mesma coragem
em caminhos novos
Chora por dentro.
E por fora,
inventa empatia
mais corado, mais forte
Não te reconheço,
mas cá entre nós
coração,
te sinto melhor assim.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

...

Entrego os pontos,
crio vírgulas
resgato reticências
...
Esqueço as exclamações,
E pergunto:
- Por quê?

Não há respostas.

Entre colchetes,
conto mais um dia
e entre aspas
meias verdades.

Perdido em parênteses,
carrego sorrisos
fugindo dos pontos

Finais.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Pelo caminho

Há entre nós,
dedos e mãos...
Atados,
destinos...
Cruzados,
pedras e rosas
do lado...

E no meio do caminho,
cheio de nós...

Atados.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

de lá do muro

Muro cinza
o céu, a brisa...
um vazio,
rabisco frio de tinta

sinto sem querer sentir

dia vazio e cinza
sem a certeza,
de você de lá do muro.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

me cura

Você é meu vício
Minha doença
Minha dose de morfina
Minha abstinência
Você é tarja preta,
É o que me faz dormir
me fissura
Você é,
a cura
dessa loucura...