terça-feira, 28 de setembro de 2010

da solidão

deparei-me com ela
dama do medo, da angústia
emudeceram as paredes
e o risos entalaram na garganta
emudeceram as fotos
pregadas com o carinho
perdido em outro país
ficaram caladas as lembranças
presas no nó
da lágrima que escorre
com o silêncio mudo
escutei a tal dama
quieta no canto da alma
ela que nunca morre,
que surge em noites frias
e se torna latente
até que eu adormeça.

domingo, 19 de setembro de 2010

SUPERficial

analisando a vida de alguns
me pus na pele do outro
é tanta gente vazia
contente com tão pouco
procurando um ombro aberto
em uma cama fria
tanto ódio por dentro
daquilo que fez ou sentiu
sabendo que o amor por si mesmo
um dia já existiu
perante a carência
restou a ilusão
ver ali mofando, desgastado
cansado e sufocado
bendito
coração.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ODE


balde de água fria
lá vem o louco
com a sua mania

caolho desesperado
procura um olho a ser furado
o rei que possui um olho
deixa o outro chateado

defendendo pensamentos
de um jeito meio louco
vi que a vida se ganha perdendo
espaço na vida do outro