quarta-feira, 4 de setembro de 2013

da alma pro corpo

Te observo de perto, e começo a sentir o gosto de café que vem do nosso abraço, quente, reconfortante, familiar, duradouro. Chego mais perto e me engalfinho nos teus braços, como um gato que anseia pelo novelo, ao me encostar no seu peito, logo tenho a certeza que ele tem sim o abraço mais gostoso do mundo, que me encaixa, me agarra como se eu fosse seu presente de criança no dia de Natal. Do abraço, minha mão é sugada pela sua nuca, puxando meus dedos com fome, com desejo, ali, a energia cinética me devolve a física, e minha boca com sede, já seca, almeja pelo beijo mais sincero; nesse instante eu me perco em algum lugar do universo e me encontro onde eu sempre quis estar. E dos meus olhos marejados saem palavras não ditas, figuras mal desenhadas, sentimentos mal passados, e emana um brilho que nada mais é que o reflexo da sua alma na minha...

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